Neste mês dedicado as vocações nos inspiramos no exemplo da Irmã Maria das Graças, que por meio de sua escolha vive sua vida religiosa ajudando a catequizar a juventude. Ela nos contou um pouco da sua caminhada:
“Bem, eu sou da paróquia de São Pedro e Santo Antônio, e sempre fui ajudando na igreja. Trabalhava na catequese de jovens e com 24 anos eu me decidi a entrar na vida religiosa realmente para valer. […]Eu perdi meu pai cedo. Eu tinha 9 anos quando meu pai morreu aos 38 anos. Eu perguntava da mamãe: “mãe por que o papai morreu tão cedo”? E ela dizia assim: “minha filha porque ele quis dar a vida por uma causa”. Ah, então se ele, como leigo, quis dar a vida por uma causa, eu também quero dar a minha vida por uma causa. E resolvi tomar essa decisão.”
“O importante é primeiramente descobrir a vocação, depois dessa descoberta e ver que Jesus é o tesouro da nossa vida, da nossa existência, aí a gente consegue dar o primeiro passo. Eu sei que na vida também há dificuldades, mas não é por isso que a gente vai desistir. Fiz 2 anos de aspirantado e depois fiz o postulado e enfim, a vida religiosa, que é a noviça. Depois de 2 anos de noviciado eu professei. Professei dia 24 de janeiro de 1989 e depois eu fui para Humaitá, onde trabalhei por 1 ano depois voltei de novo pra Manaus; fui para o colégio Auxiliadora, e depois quando o Dom Luiz chegou a Manaus, eu pedi para fazer uma experiência como franciscana na vida religiosa franciscana servindo a igreja catedral e ele me assumiu e eu estou aqui até hoje.”
Sobre a vocação, ela nos deixa uma mensagem:
“Vocação é viver uma vida feliz. Procurando sempre fazer o bem. Quando nascemos temos um propósito de vida. E através do crescimento é que vamos descobrindo mais e mais sobre a nossa vocação, então esse nosso itinerário nos leva a crer que a vida é muito bela e vale a pena vivê-la, pois ela é a semente que Deus colocou nosso coração para que cada um de nós possa ser mais feliz. Vocação acertada, futuro feliz. E essa vocação não quer dizer só a vida religiosa, mas a vida sacerdotal, leiga e matrimonial. Diante desse conjunto, dessa felicidade que é almejada, é que se consegue o crescimento espiritual. Eu quero ir pro céu quando morrer, e eu vou morrer porque eu não vou virar pedra, mas eu quero ir pro céu. Mas eu não quero ir sozinha para céu, eu quero levar as pessoas que caminham ao meu lado. Diante disso, a gente vai ajudando os jovens a caminhar, e a superar os obstáculos que a modernidade impõe a eles.”